Em meio a diversas notícias alarmantes, momentos de respiro. Mais de 30 pessoas que testaram positivo para coronavírus em Maringá já estão recuperadas. A informação foi divulgada pela Prefeitura Municipal em uma rede social.
De acordo com os dados, dos 49 casos confirmados de Covid-19 na cidade até esta segunda-feira, 13, 32 pessoas se recuperaram. O número representa 65% do total de pacientes que foram infectados pelo coronavírus até agora.
Conforme explicou recentemente a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, são considerados recuperados os pacientes que passaram por exames para o novo coronavírus e tiveram resultado positivo confirmado – seja pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), ou por algum laboratório credenciado -, tenham recebido tratamento de acordo com o quadro apresentado e, agora, já não apresentem mais sintomas da doença.
Em todo o estado, segundo levantamento divulgado pela Sesa na semana passada, ao menos 199 pessoas se recuperaram da doença. Eram 85 pacientes em Curitiba e 114 nos demais municípios. De acordo com o governo estadual, 74 cidades paranaenses tiveram casos confirmados ou mortes pela Covid-19.
Dos 114 pacientes recuperados no interior do Paraná, 18 têm 60 anos ou mais. A faixa etária com o maior número de recuperados é a dos 30 aos 39 anos, com 33 pacientes. Também tiveram melhoras quatro pessoas entre nove e 19 anos, 20 pacientes com idades que variam dos 20 aos 29 anos, 22 pacientes entre 40 e 49 anos e 17 pessoas na faixa etária dos 50 aos 59 anos. São 61 mulheres (54%) e 53 homens (46%).
No sábado, 11, a universidade americana Johns Hopkins informou que mais de 400 mil pessoas já se recuperaram do novo coronavírus no mundo.
Seguindo protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, as secretarias municipais e regionais de Saúde do Paraná fazem o acompanhamento remoto diário de cada paciente, possibilitando que os profissionais avaliem aqueles que se recuperaram da doença.
Boletim
O boletim da Prefeitura de Maringá sobre coronavírus desta segunda-feira, 13, mostrou queda no número de pacientes internados com suspeita da doença no município. No sábado, 11, eram 30 internados. No domingo, 12, o número foi a 26, e nesta segunda caiu para 23.
No total, o município tem 302 casos suspeitos em acompanhamento, por terem apresentado algum dos sintomas da Covid-19. Já os casos descartados aumentaram para 884.
O número de pacientes que testaram positivo para a doença é 49, dois a mais que o boletim de domingo. De sábado para domingo, o município registrou apenas um novo caso.
Desde o início da série histórica do coronavírus, Maringá registrou cinco mortes.
Estudo
Na corrida para tentar encontrar um tratamento efetivo para a Covid-19, a ciência tem buscado soluções no organismo daqueles que se recuperaram da doença. Nesta segunda-feira, 13, o Ministério da Saúde informou que está monitorando pesquisas sobre uso do plasma sanguíneo convalescente de pacientes já recuperados no tratamento de coronavírus.
O procedimento consiste na transfusão do plasma, a parte líquida do sangue, de um paciente curado para um cidadão infectado. Nessa terapia, espera-se que os anticorpos presentes no plasma forneçam imunidade às pessoas com a doença.
Esses estudos buscam a diminuição dos sintomas da infecção e da carga viral no organismo, resultando em uma menor utilização de leitos de UTIs. Ainda não há tratamento comprovado que cure o paciente com a Covid-19. Os cuidados ofertados atualmente são de suporte e tratamento de sintomas, como febre, tosse e dores no corpo.
De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna, a comunidade científica busca de forma acelerada alternativas terapêuticas, que vão de medicamentos a procedimentos. “Um desses procedimentos que já foi testado em outras epidemias é a transfusão de plasma convalescente”, disse o secretário.
Denizar Vianna explicou que esse não é um procedimento simples. “É preciso identificar qual é o melhor doador e o melhor receptor. Há toda uma preocupação com a qualidade do plasma porque não podemos transfundir condições que possam causar danos para o indivíduo”, explicou. Segundo ele, não basta identificar um artigo publicado, é preciso passar por avaliação metodológica. “Temos que avaliar se o estudo é pertinente, se tem validade e se responde à hipótese que foi formulada. Os técnicos do Ministério da Saúde estão preparados para isso”, concluiu.
O secretário anunciou ainda que teve início nesta semana uma força-tarefa com instituições filantrópicas e universidades públicas para chegarem rapidamente a uma resposta para o uso do plasma sanguíneo. “Nós, como formuladores de políticas de saúde, temos a responsabilidade de fundamentar toda essa política em evidências científicas”, ressaltou Denizar Vianna.
via gmconline
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