Empatia: abrir o coração é se colocar no lugar do outro

Quando consigo exercitar a empatia, sem julgamento, consigo ver o mundo de forma diferente.

Hoje você pode ter tido um dia difícil, e talvez não tenha observado quantas bênçãos passaram pelo seu caminho. Cada pessoa com quem encontramos nos traz uma energia, e se você observar bem, o outro traz exatamente o que precisamos trabalhar.

Quando estou com uma dificuldade, fico mais calada do que o normal, e com essa atitude, parece que o problema aumenta. Descobri que quando saio do meu mundo e escuto o outro, o meu problema diminui, ou melhor, muitas vezes, ele nem existe, pois descubro que não é um problema, e sim, mais um desafio.

Quando sinto que a carga sobre meus ombros está pesada, eu me pergunto: “Deus, o que preciso enxergar com isso? Por que estou passando por isso?” E minha saída é olhar o outro e me colocar no lugar dele. Nesse momento consigo enxergar que meu aprendizado está exatamente em me colocar no lugar do outro.

“Eu sou a medida daquilo que vejo”
O filósofo alemão Arthur Schopenhauer ensinava que “eu sou a medida daquilo que vejo”. Ou seja, eu só enxergo aquilo que está dentro de minhas crenças e dogmas. E, para enxergar saídas para os nossos “problemas”, quanto mais aberta for a nossa mente, quanto mais aberto o nosso coração, ou seja, quanto mais nossa mente estiver livre de dogmas, mais possibilidades que eu terei de superar os desafios.

Fazendo uma analogia: enquanto para um motorista iniciante dirigir em uma cidade grande durante a hora do rush pode ser um problema, para um motorista experiente é algo tranquilo. O que faz a diferença é a experiência.

Isso me faz lembrar uma história popular da Índia, dos seis irmãos cegos que lavavam um elefante. O primeiro disse que o elefante era uma grande parede. O segundo disse que era uma haste flexível como o bambu. O terceiro disse que o elefante era como folhas de uma bananeira. O quarto disse que era como um telhado apoiado em quatro colunas. O quinto disse que o elefante eram duas peças de osso por causa das presas. E o sexto disse que o elefante era uma corda que vinha do céu. No calor da discussão, o pai chegou e disse que todos estavam certos, mas também estavam errados, porque o elefante era cada parte que tinham experimentado, mas era também o conjunto de todas as partes.

Empatia – um exercício simples para adquirir experiência de vida e abrir o coração é se colocar no lugar do outro.
Ao fazer isso, eu posso sentir a dificuldade dele, mesmo com a minha mente cheia de dogmas e crenças limitantes e, pelo menos por alguns minutos, ao entrar na vida do outro e “usar os sapatos do outro”, eu me transporto para o seu mundo e posso adquirir uma experiência. Isso se chama empatia.

Se você pensou em numa sociedade doente e num governo corrupto, vai pensar que indivíduos poderosos dessas instituições não se colocam no lugar do outro, porque não se despojam do seu status para vivenciar a experiência alheia, pois, se o fizessem, certamente se solidarizariam verdadeiramente com o próximo e fariam algo em benefício de todos.
Realmente, nem todos dispõem de empatia, alguns simplesmente por dificuldades neurobiológicas nunca sentirão empatia naturalmente, a não ser que aprendam a fazer isso; outros simplesmente nunca pararam para pensar; outros ainda não alcançam a importância da empatia, e há aqueles que são personalidades egoístas, narcisistas…

Não importa a roupagem, uma energia ruim e desrespeitosa reflete na vida de todos, pois aquilo que eu faço bate no outro e volta para mim.
Quando consigo exercitar a empatia, sem julgamento, consigo ver o mundo de forma diferente, isso amplia minha consciência, aumenta minha fé e me faz sentir que o mundo é minha família. E finalmente hoje consigo sentir a verdade na afirmação de Jesus: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”

A partir disso, eu desejo que você tenha um coração aberto para se colocar no lugar do outro, e também que o outro se coloque no lugar do outro, e o outro no lugar do outro…

E assim possamos viver num mundo melhor!

via: O Segredo

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*